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Pessoas com fardamento na cor verde. Elas estão umas ao lado das outras, formando um círculo. Todas estão com os braços esticados para cima, fazendo alongamento.

Como instituições brasileiras estão cuidando da mente dos profissionais da saúde?

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Programas de escuta psicológica e qualidade de vida ajudam a amenizar sentimentos provocados pela pandemia

Já são quase dois anos desde que o Brasil anunciou a primeira morte por covid-19 no País. Os dias seguem com um cenário devastador: mais de 621 mil mortos até o momento, o surgimento de novas variantes do vírus, uma epidemia de gripe a pleno vapor e muitos efeitos colaterais na saúde mental das pessoas em geral.

Por estarem na linha de frente do combate ao novo coronavírus, os profissionais da saúde são um dos grupos mais atingidos pela maior crise sanitária da atualidade. As principais consequências da pandemia nesses trabalhadores são o alto nível de estresse e a exaustão física e emocional.

Um estudo feito pela Universidade do Chile e pela Universidade da Columbia, nos Estados Unidos, com a colaboração da OPAS – Organização Pan-Americana da Saúde, ouviu profissionais de 11 países latino-americanos, incluindo o Brasil. O resultado veio com um alerta: é preciso desenvolver urgentemente ações para proteger a saúde mental desses trabalhadores.

É nesse cenário que o ISAC – Instituto Saúde e Cidadania está inserido. A organização social é especialista na gestão de serviços de saúde e administração hospitalar.

Em 2021, durante o pico da pandemia, 14 das 18 unidades públicas de saúde que o ISAC gerenciava no País acolhiam pacientes com covid-19. Algumas delas eram exclusivas para esse tipo atendimento, a exemplo do Hospital Estadual de Combate à Covid-19 e das UTIs – Unidades de Terapia Intensiva no Hospital Geral de Palmas e nos hospitais regionais de Araguaína e Gurupi, no Tocantins.

Cuidando de quem cuida: apoio para seguir em frente

Antes da pandemia, o ISAC já desenvolvia dois programas de cuidado com a saúde dos colaboradores, o Plantão Psicológico e o Sinta-se Bem.

O primeiro disponibiliza suporte psicológico para quem se sente à vontade para compartilhar angústias e sentimentos. Já o segundo desenvolve atividades que incentivam a adoção de hábitos saudáveis para melhorar a saúde física e emocional do time.

Com a chegada do novo coronavírus, esses programas foram reforçados e, no caso do Plantão Psicológico, teve maior adesão. Em 2021 foram feitos 576 acolhimentos psicológicos.

Os motivos do aumento da procura por atendimento no programa são muitos, entre eles o fato de os profissionais verem as unidades cheias, com várias pessoas adoecendo ao mesmo tempo, a tristeza pela perda de pessoas queridas e de pacientes e o medo de ser contaminado ou levar o vírus para casa.

“Hoje, percebemos que os profissionais reconhecem o programa e até indicam quando percebem um colega um pouco tristinho. Eles mesmos direcionam que há um serviço disponível e, por vezes, até nos chamam para intermediar alguma situação. Esse reconhecimento se deu por conta da seriedade do trabalho feito pela Psicologia, atuando de maneira ética, imparcial e sigilosa. Também pelo cuidado que temos com a vida do outro”, afirma Daíse Lopes, coordenadora de Recursos Humanos nas unidades ISAC.

O serviço pode ser procurado a qualquer momento. Basta que o colaborador compareça ao setor de Psicologia ou de Recursos Humanos e solicite atendimento.

Saúde mental requer cuidados com o corpo

O programa Sinta-se Bem é outro ponto de apoio para os colaboradores do ISAC. Ele é um programa de qualidade de vida e funciona a partir palestras, diálogos, ginástica laboral e jogos. Nos encontros, os participantes falam sobre assuntos como alimentação saudável, síndrome de burnout, ergonomia no trabalho e prevenção do suicídio.

Os temas são definidos com base nas campanhas do Ministério da Saúde e no resultado do perfil epidemiológico feito anualmente pelo ISAC, que funciona como um raio X da saúde dos profissionais.

As ações são lideradas pela área de Saúde e Segurança do Trabalho e buscam sensibilizar o time quanto ao estilo de vida adotado e a importância do autocuidado.

“O programa incentiva os colaboradores a cuidarem mais da saúde e do bem-estar físico, psicológico e social. Os impactos do autocuidado vão além da vida pessoal do colaborador que prioriza a sua saúde. Há muitos reflexos desse estilo de vida saudável no dia a dia da instituição, porque colaboradores que se cuidam são mais motivados e produtivos”, comenta Lorena Conte, gestora de Gestão de Pessoas no ISAC.

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