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De caráter permanente, instrução normativa de biossegurança garante a saúde e segurança dos pacientes e colaboradores dentro e fora das unidades hospitalares
Pode parecer improvável, mas uma aliança, brinco ou colar em um ambiente de saúde representa um risco aos pacientes. O motivo é que os acessórios, também chamados de adornos, podem conter microrganismos ou agentes biológicos, como bactérias, vírus e fungos, considerados perigosos para quem está com a saúde debilitada e em recuperação.
Por isso, da recepção até a sala de cirurgia, o ISAC – Instituto Saúde e Cidadania instituiu, em janeiro deste ano e em caráter permanente, a IN – Instrução Normativa nº 01/2023, que orienta sobre a proibição do uso de adornos nas unidades de saúde da rede ISAC.
“Começou nos anos anteriores como uma campanha, com o objetivo de diminuir as taxas de transmissão de infecções hospitalares”, destaca o superintendente técnico do ISAC, Dr. José Maria Sinimbu Filho. “Como um dos pilares do nosso planejamento é a Política de Qualidade e Segurança do Paciente, o Adorno Zero, que é como chamamos essa regulamentação, vem para fortalecer a nossa estratégia dentro das unidades geridas pelo ISAC”, acrescenta.
Os adornos são uma porta de entrada e de saída para os microrganismos em ambiente hospitalar, pois, podem ficar grudados em qualquer item ou peça até entrar em contato com algo ou alguém. Sendo assim, medidas de higiene como o Adorno Zero são fundamentais para garantir a segurança, logo que, em toda unidade de saúde existe o risco de contaminação.
“Desde sua implementação, percebemos a conscientização e engajamento por parte dos profissionais de saúde, administrativo, técnico e auxiliar”, enfatiza o Dr. José Maria Sinimbu Filho. “Adotamos metas internacionais de segurança do paciente dentro das nossas unidades e o Adorno Zero representa esse compromisso do ISAC com o paciente”, conclui.
E todo esse cuidado é reconhecido. O ISAC é a primeira Organização Social de Saúde do Norte e Nordeste – e a segunda da América Latina – com acreditação internacional em Rede de Atenção à Saúde, com certificação Diamante pela Qmentum International. Além disso, também possui certificações pela ONA – Organização Nacional de Acreditação e selo GPTW – Great Place to Work.
Por que adornos são proibidos?
Os adornos são proibidos porque são vetores para bactérias, fungos e vírus. Portanto, devem ser mantidos fora do ambiente de saúde para garantir a segurança e recuperação plena dos pacientes, assim como a segurança dos profissionais que prestam assistência.
Esta é a finalidade do Adorno Zero no ISAC, que, dentre outras orientações, atende às diretrizes de biossegurança estabelecidas na Norma Regulamentadora nº 32, sobre Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde, aprovada pela Portaria nº 485/2005 do Ministério do Trabalho e Emprego.
De acordo com João Paulo de Souza, engenheiro de Segurança do Trabalho da Genesis Gente e Gestão, e membro suplente do Comitê de Biossegurança do ISAC, todos os profissionais são responsáveis por garantir a segurança e o controle de infecções.
“O Adorno Zero é aplicado em todas as áreas das dependências internas da unidades geridas pelo ISAC: área crítica (sala vermelha, UTI, laboratórios); área semicrítica (enfermagem, farmácia, ambulatório); e área não crítica (recepção, apoio administrativo)”, explica João Paulo de Souza.
Os benefícios também se estendem aos colaboradores, pois evita que o profissional de saúde saia da unidade portando um vetor com algum agente biológico infeccioso, expondo familiares, amigos e outras pessoas de fora do seu ambiente de trabalho.
“As mudanças ainda estão ocorrendo, já que também compreendem uma mudança de comportamento e aprimoramento da cultura de prevenção”, enfatiza João Paulo de Souza. “Em algumas unidades já notamos os próprios colaboradores orientando os seus colegas e sua equipe de trabalho. Dessa forma, o Adorno Zero se torna uma garantia de atendimento e ambiente seguros”, complementa.