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Maria Luiza, 10 anos, já tinha perdido a esperança de ganhar um presente no dia das crianças. “Eu pensei que não ía ganhar nada. Foi quando fiquei sabendo, por um professor, que uns “anjos” viriam até aqui na Ilha distribuir brinquedos”, contou a pequena menina ribeirinha, que acordou cedo pra receber uma dose de felicidade num sábado de manhã.
É que de barco, os nossos colaboradores, que atuam na UPA 24 Cidade Nova, gerida por nós, percorreram cerca de 25 km, para doar alegria às crianças da região das Ilhas de Ananindeua. Durante um mês estes profissionais arrecadaram doações e, neste período, também, juntaram muita solidariedade por meio de uma campanha “Cuidar também é fazer sorrir”, ação alusiva ao dia das crianças, “Desde setembro arrecadamos brinquedos na unidade e grande parte dos colaboradores, que podiam ajudar, realizaram suas doações com muito amor”, afirmou, satisfeita, Juliana Costa, diretora administrativa da instituições.
“A campanha arrecadou cerca de 200 brinquedos, o que permitiu que uma criança recebesse mais de um objeto”, complementou a executiva, que contou com o apoio da Secretaria Municipal de Educação de Ananindeua na logística da distribuição.
Com uma boneca, um jogo de panelinhas, um saco de bombons e um de lanche nas mãos. Maria Luiza, de longe, recebeu um simbólico forte abraço. “Eu queria abraçar todas essas pessoas pra poder dizer obrigada”, desabafou a pequena menina que não tinha mais mãos pra carregar tanta coisa. “A distância não é problema quando o objetivo é ver uma criança sorrindo. É assim que eu penso”, explicou Elienay Costa, recepcionista na UPA acidade Nova, que assim como Maria acordou muito cedo para fazer o bem.
“Trazer esses brinquedos às estas crianças ribeirinhas, faz com que o ganho seja nosso também. Eu nunca tinha vivido algo assim. Conferir de perto o sorriso delas e, acima de tudo, viver a vivencia delas. Só me fez grata por participar desta campanha linda”, disse.
Segurança
Além da solidariedade e da caridade, os cuidados que permeiam a rotina destes profissionais permaneceram. O grupo aferiu a temperatura das crianças, passou-lhes álcool em gel e colocou-lhes máscaras de proteção. Tudo para garantir que o feito ocorresse de forma muito segura. “A tia me disse que não posso abraçar ninguém agora, mas ela falou que vai voltar aqui só pra trazer o meu abraço”, confidenciou Maria Luiza, que já espera ansiosa a volta dos profissionais.