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O câncer colorretal é considerado o terceiro tipo de câncer com mais incidência no Brasil; saiba como a doença se desenvolve, quais os fatores de risco e os tratamentos disponíveis
O mês de março recebe a cor azul-marinho para chamar a atenção das pessoas à necessidade de exames e diagnóstico preventivo contra o câncer colorretal, o terceiro mais incidente no Brasil.
Na rede pública municipal de saúde de Araguaína, o AME – Ambulatório Municipal de Especialidades, sob gestão do ISAC – Instituto Saúde e Cidadania, oferece consultas especializadas, que são o ponto de partida para a identificação da doença e, se necessário, o encaminhamento para o tratamento.
Tudo começa na UBS – Unidade Básica de Saúde, onde o paciente faz uma primeira consulta com o clínico geral. Dependendo dos sintomas apresentados, o profissional faz o encaminhamento do paciente para um especialista em Gastroenterologia do ambulatório.
“No AME, além da consulta, o médico solicitará exames específicos, como o de colonoscopia para fazer o rastreamento da doença e, posteriormente com a presença de uma lesão, é realizada a biópsia para confirmar o diagnóstico. Tudo isso é feito com toda a celeridade necessária que uma doença como o câncer exige”, explica Priscila Jácome, coordenadora administrativa do AME.
Se o diagnóstico for confirmado, o ambulatório dá seguimento aos procedimentos junto à Regulação Estadual, que encaminhará o paciente para o tratamento na rede pública estadual de saúde.
Como a doença se desenvolve
O câncer colorretal é uma doença que se desenvolve no intestino grosso, que é dividido em duas partes: cólon e reto.
O cólon é a parte mais longa, responsável por absorver água e nutrientes dos alimentos, enquanto o reto é a última parte do intestino grosso, que armazena as fezes até que sejam eliminadas do corpo.
O tumor pode crescer lentamente, sem causar sintomas, e o câncer colorretal, embora possa se desenvolver em qualquer parte do intestino grosso, é mais comum no cólon.
Em números, segundo o Atlas de Mortalidade por Câncer, em 2021, o câncer colorretal foi responsável pela morte de 21.262 pessoas no Brasil, sendo 10.662 homens e 10.598 mulheres.
E para o triênio 2023-2025, o INCA – Instituto Nacional do Câncer estima que sejam identificados 45.630 novos casos, sendo 21.970 em homens e 23.660 em mulheres.
“Por isso a detecção precoce aumenta consideravelmente as chances de cura. É importante que as pessoas estejam atentas aos possíveis sinais e sintomas da doença, e que realizem exames preventivos a partir dos 50 anos”, enfatiza Priscila Jácome.
Fique atento aos sinais do câncer colorretal
Apesar de ser assintomático em seus estágios iniciais, o câncer colorretal pode apresentar alguns sinais que merecem atenção.
Mudanças no ritmo intestinal, como diarreia, constipação ou alternância entre os dois estão entre os sintomas mais comuns. Sangue nas fezes, dor abdominal, sensação de evacuação incompleta, perda de peso sem causa aparente e fadiga também podem indicar a presença da doença.
É importante consultar um médico ao apresentar qualquer um desses sintomas, mesmo que não sejam graves ou persistentes. Com a detecção precoce do câncer colorretal, as chances de cura aumentam consideravelmente.
Fatores de risco
Diversos fatores podem aumentar o risco de desenvolver a doença, sendo a idade o principal deles, a partir dos 50 anos. Mas outros aspectos também influenciam, como histórico familiar, doenças inflamatórias intestinais, como a colite ulcerativa e Doença de Crohn, e o estilo de vida.
Uma dieta rica em carne vermelha e processada, pobre em fibras e com alto teor de gordura saturada, assim como o tabagismo, obesidade, sedentarismo e consumo excessivo de álcool também aumentam o risco do câncer colorretal. Condições como diabetes tipo 2 e síndrome de Lynch também são fatores de aumento na incidência.
Como é o tratamento
O tratamento do câncer colorretal depende do estágio da doença, localização do tumor, saúde geral do paciente e suas preferências. As opções de tratamento incluem cirurgia, quimioterapia, radioterapia, terapia-alvo e imunoterapia.
A cirurgia é o tratamento mais comum e pode ser curativa em alguns casos. A quimioterapia e a radioterapia podem ser usadas antes da cirurgia para reduzir o tumor e após a cirurgia, eliminando as células cancerígenas que se espalharam, ou como tratamento paliativo para aliviar os sintomas. Já a terapia-alvo e a imunoterapia são os tipos de tratamento mais recentes que podem ser usados em alguns casos.
Sobre o AME
O Ambulatório Municipal de Especialidades presta assistência médica para os quadros clínicos de baixa complexidade mediante agendamento pela Central de Regulação da rede municipal, via solicitação de uma Unidade Básica de Saúde. A unidade é custeada pela Prefeitura de Araguaína (TO) e está sob gestão compartilhada do ISAC. Oferece atendimento para 11 especialidades e mais de 10 tipos de exames de imagem e laboratorial de baixa e média complexidade.
Sobre o ISAC
O Instituto Saúde e Cidadania é uma organização social sem fins lucrativos com sede em Brasília (DF) e que gerencia unidades de pronto atendimento (UPAs), ambulatórios, multicentros de saúde, espaço saúde e hospitais. É a primeira OS do Norte e Nordeste – e a segunda da América Latina – a ser acreditada internacionalmente em Rede de Atenção à Saúde com o selo Acreditado Diamante da Qmentum Internacional.