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Foto de um dos acessos à UPA Benedito Bentes. Na imagem aparece parte do prédio branco, de único pavimento, várias janelas e pessoas próximas à grande. Há um carro estacionado em frente ao prédio. A rua está vazia.

Casos de dengue e síndromes gripais aumentam nas UPAs Trapiche e Benedito Bentes

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Em um mês, atendimento a pacientes com sintomas de dengue aumentou 600% na UPA Trapiche e 753% na UPA Benedito Bentes

Nas últimas semanas, as UPAs – Unidades de Pronto Atendimento Trapiche da Barra e Benedito Bentes, em Maceió, no Estado de Alagoas, estão atuando com alta demanda. O motivo é o aumento dos casos de usuários com sintomas gripais e de dengue.

Em abril, a UPA Benedito Bentes registrou 367 atendimentos relacionados à dengue, representando um aumento de 753% em relação ao mês anterior, quando a unidade atendeu 43 pacientes com sintomas da doença. Já na UPA Trapiche da Barra, o aumento foi de 600%, passando de nove atendimentos em março para 63 em abril.

Em relação às síndromes gripais, nesse período, o aumento dos atendimentos foi de 49% na UPA Trapiche da Barra e de 23% na Benedito Bentes.

A crescente procura por atendimento nos serviços impacta diretamente no tempo de espera por acolhimento. “Estamos operando acima da capacidade instalada nas duas unidades. Por isso, mesmo com equipes completas, em alguns momentos, registramos um tempo de espera por atendimento superior ao que é observado em dias normais”, explica José Maria Filho, superintendente técnico do ISAC – Instituto Saúde e Cidadania, organização social que gerencia as duas UPAs.

Como é o fluxo de atendimento nas UPAs gerenciadas pelo ISAC?

Quando o paciente chega às UPAs Trapiche da Barra e Benedito Bentes, logo passa pela Classificação de Risco. Nessa etapa, a equipe de Enfermagem avalia o quadro clínico do usuário, sintomas, queixas, sinais vitais, risco de morte, escala de dor e nível de consciência.

Os níveis de gravidade são identificados por cor e, para cada um deles, há um tempo estimado para que o atendimento seja realizado. No entanto, em dias de alta demanda, como a registrada nas últimas semanas, esse tempo pode variar.

Os pacientes que recebem a pulseira vermelha são considerados gravíssimos e necessitam de atendimento imediato. Aqueles classificados como laranja são considerados muito urgentes. Nesses casos, o tempo de espera é de até dez minutos. Se a pulseira for amarela, a gravidade é moderada. O paciente necessita de atendimento rápido, mas pode aguardar até uma hora.

A pulseira é verde? Então, o risco de agravamento da saúde é baixo e o paciente pode aguardar até duas horas. Agora, se a pulseira for azul, não é uma urgência. O usuário pode aguardar atendimento por até quatro horas.

Tempo de atendimento em caso de dengue é maior

Outro aspecto que tem impactado é que, no caso de sintomas de dengue, o tempo de espera por atendimento pode ser maior. Um dos motivos é a necessidade de o paciente passar por exames laboratoriais, além da avaliação clínica, devido a riscos de complicações decorrentes da doença.
No caso de crianças, o tempo de atendimento na UPA pode se estender mais ainda. Isso ocorre porque, no paciente infantil, o exame físico é muito mais minucioso que nos adultos, pois, muitas vezes, a criança tem dificuldade para detalhar o que sente.

É dengue ou síndrome gripal?

A dengue e as síndromes gripais são problemas de saúde diferentes, mas podem apresentar sintomas parecidos, como febre, cansaço e dores nos músculos e na cabeça. Por causa disso é importante a avaliação médica.

Para prevenir a dengue, o combate ao mosquito é indispensável. A água parada acumulada em pratos de vasos de plantas, calhas e garrafas no quintal, por exemplo, é o criadouro perfeito para a reprodução do inseto.

Por isso, além das ações de controle do mosquito feitas pelos órgãos públicos, é necessário que cada um faça sua parte, monitorando e evitando locais dentro das residências que possam acumular água parada e gerar focos do Aedes aegypti.

Em relação às síndromes gripais, manter as mãos limpas e a vacinação em dia, usar álcool em gel, utilizar máscara facial em ambientes fechados, fazer a higienização nasal diariamente e cobrir as vias respiratórias sempre que for tossir e espirrar estão entre as principais medidas de prevenção.

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