Centro Especializado em Reabilitação IV retoma os atendimentos, em Parnaíba

Pacientes com autismo e dificuldade de mobilidade terão prioridade no CER IV, neste primeiro momento; Centro atende a população de Parnaíba e mais 34 municípios

A população de Parnaíba e dos municípios da Planície Litorânea e região dos Cocais já pode contar com o Centro Especializado em Reabilitação IV (CER IV), agora sob a gestão do Instituto Saúde e Cidadania (ISAC).

A unidade, inaugurada pela Secretaria da Saúde de Piauí (Sesapi), em 2020, inicialmente com foco no atendimento de pacientes pós-Covid, retoma as atividades, desta vez destinada às pessoas com deficiência e Transtorno do Espectro Autista (TEA).

“Este momento é de grande importância para Parnaíba e região”, destaca Meire Fonseca, superintendente do ISAC. “Por meio da reabilitação física e intelectual, proporcionamos mais autonomia e inclusão para as pessoas. E podem ter certeza que estamos inteiramente comprometidos em fazer a diferença na vida de quem mais precisa”, pontua.

Neste primeiro momento, o CER IV prioriza o atendimento de pacientes com autismo, devido à fila de espera com aproximadamente 150 pacientes, em Parnaíba. Contudo, os pacientes com dificuldades de mobilidade também serão atendidos. 

“Estamos muito felizes em poder reabrir as portas para a população de Parnaíba e região”, comemora Paulo Rangel, diretor do CER IV. “O Centro oferece atendimento especializado e humanizado para as pessoas com deficiência, proporcionando melhor qualidade de vida e inclusão, com um olhar atento às necessidades de cada paciente, individualmente”, acrescenta.

“Sabemos das dificuldades que as famílias enfrentam, muitas vezes precisando deslocar seus filhos para tratamentos de reabilitação em outras cidades, o que pode ser um grande desafio financeiro. Com a abertura oficial deste Centro, em parceria com a Sesapi, damos um passo importante para aliviar essas dificuldades e garantir um atendimento mais acessível e de qualidade para as famílias”, ressalta o secretário Mauro Eduardo, titular da Seid.

Ao lado do CER IV, também está em funcionamento a Oficina Ortopédica, responsável pela produção de equipamentos de mobilidade, como cadeiras de rodas e cadeiras de banho, dentro do Programa Passo à Frente, da Sesapi.

O programa conta com duas oficinas: uma física, que realiza a confecção de órteses, próteses e outros meios de locomoção, e uma itinerante, que realiza reparos e atende municípios vizinhos.

Como ser atendido no CER IV

Para ser atendido no CER IV é necessário o encaminhamento pelas Unidades Básicas de Saúde ou por instituições, como a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) ou Centro de Referência de Assistência Social (CRAS).

O ingresso requer o preenchimento de um formulário específico, que reúne os dados do paciente, seu diagnóstico clínico e outras informações necessárias para justificar a necessidade de atendimento especializado.

Após o envio do encaminhamento, a secretaria de Saúde do município de origem do paciente envia o caso para a Central de Regulação, que verifica se o atendimento segue os protocolos estabelecidos.

Caso aprovado, o atendimento é agendado e o paciente passará por uma triagem com uma equipe multiprofissional, que definirá o diagnóstico e elaborará o Projeto Terapêutico Singular (PTS), que pode envolver atendimentos em várias especialidades, de acordo com as necessidades do paciente. Mas caso não atenda aos critérios exigidos, o paciente é reencaminhado para os serviços de saúde do seu município de origem.

“Nosso atendimento vai além da simples consulta. Cada paciente será acompanhado de perto por uma equipe multiprofissional, que irá trabalhar para definir um plano terapêutico individualizado e oferecer as melhores condições de reabilitação”, enfatiza Paulo Rangel.

A presença de um acompanhante é obrigatória durante o atendimento e, no caso de pacientes menores de idade, o responsável legal deverá estar presente. Também é exigida a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), e após a definição do PTS, o paciente ou responsável assina um termo de compromisso com o Centro, que estabelece as normas para a permanência no serviço.