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Diagnóstico precoce do câncer de colo do útero pode salvar vidas

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Equipe multidisciplinar do Multicentro Carlos Gomes realizou ação educativa em alusão ao Março Lilás

De acordo com o INCA – Instituto Nacional do Câncer, o câncer no colo do útero é o terceiro tipo mais incidente entre as mulheres. O órgão estima que, em média, 16 mil novos casos são registrados todos os anos no Brasil.

Com objetivo de sensibilizar os pacientes que aguardavam por atendimento, a equipe de Enfermagem do Multicentro de Saúde Carlos Gomes, em Salvador, realizou uma ação educativa na sala de espera da unidade. Os profissionais chamaram a atenção para os fatores que aumentam o risco do desenvolvimento da doença, bem como as medidas para prevenção e diagnóstico precoce do agravo. A detecção na fase inicial da doença pode aumentar as chances de cura para até 100%.

A iniciativa fez parte do Março Lilás, mobilização de incentivo à promoção da saúde da mulher e prevenção do câncer do colo do útero.

“É importante associar hábitos de vida saudáveis com a rotina de realização dos exames de rotina para evitar a descoberta da doença em um estágio mais avançado. E o acesso a informação é a melhor forma de fazer com que as busquem ter práticas prevenção contra uma patologia que é bastante recorrente entre o público feminino”, explicou Ana Paula Paraná, enfermeira do Multicentro.

Diagnóstico precoce

As mulheres soteropolitanas podem ter acesso ao exame preventivo que auxilia no diagnóstico do câncer do colo do útero no Multicentro de Saúde Carlos Gomes. A indicação é que as mulheres façam anualmente o exame Papanicolau, principalmente, aquelas que têm entre 25 e 59 anos.

Para ter acesso ao procedimento, a interessada deve ter o cartão SUS vinculado à Salvador e buscar o posto de segunda a sexta-feira (exceto feriados), das 07 às 18 horas.

“O exame preventivo do câncer do colo do útero, conhecido como o Papanicolau é a principal estratégia para detectar lesões que indicam a possibilidade da doença em estágio inicial e fazer o diagnóstico precoce da doença. O exame permite reduzir significativamente a mortalidade pela doença”, afirmou Ana Paula Paraná.

Prevenção

A prevenção contra o câncer do colo do útero pode ser feita de duas formas principais. A maneira primária é com a diminuição do risco de contágio pelo vírus HPV – Papiloma Vírus Humano. A transmissão viral acontece predominantemente durante o ato sexual e o uso da caminha protege parcialmente contra a infecção.

Entretanto, a melhor forma de prevenção é a vacina contra o HPV. Desde 2014, o Ministério da Saúde implementou no calendário vacinal o imunizante tetravalente contra o HPV para meninas e, em 2017, para meninos. Esta vacina protege contra os subtipos 6, 11, 16 e 18 do vírus. Os dois primeiros causam verrugas genitais e os dois últimos são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero.

No Multicentro Carlos Gomes é possível ter acesso a vacina de segunda a sexta-feira, das 07 às 18 horas. O atendimento acontece por ordem de chegada. O grupo etário alvo da vacina são as meninas com idade entre 9 e 14 anos e meninos entre 11 e 14 anos. Devem ser administradas duas doses, com intervalo de seis meses.

Grupos especiais, como pessoas com imunodeficiência causada pelo HIV, devem seguir orientações específicas. Para mulheres com imunossupressão, vivendo com HIV/Aids, transplantadas e portadoras de cânceres, a vacina é indicada até 45 anos de idade.

“A vacina é segura, eficaz e a melhor forma de prevenir contra o HPV, consequentemente, o desenvolvimento do câncer do colo do útero. Por isso, orientamos toda população que faz parte do público eletivo para a estratégia que compõem o calendário básico de vacinação a procurar o posto de saúde para receber a dose do imunizante”, orientou a enfermeira Ana Paula Paraná.

Causas da doença

O câncer no colo do útero é causado pela infecção frequente de alguns tipos de HPV. A infecção genital por esse vírus é muito frequente, mas na maioria das vezes sem evolução para o câncer.

No mundo, estima-se que entre 25% e 50 % da população feminina e 50% da população masculina esteja infectada pelo HPV. Mas, a maioria com infecção transitória, combatida espontaneamente pelo sistema imunológico de cada indivíduo.

A transmissão ocorre no contato com pele ou mucosa infectada. Podendo acontecer por meio da relação sexual, que inclui contato oral-genital, genital-genital ou mesmo manual-genital. O contágio acontece mesmo sem penetração vaginal ou anal.

Fatores de risco

Alguns hábitos podem aumentar os riscos para o desenvolvimento do câncer de colo do útero. O uso prolongado de pílulas anticoncepcionais, a prática do tabagismo, a má higienização íntima, o início precoce das atividades sexuais e múltiplos parceiros são fatores que potencializam as chances de infecção.

Sinais

Apesar de silenciosa na fase inicial, o câncer do colo do útero, de maneira geral, apresenta sinais quando no estágio mais avançado. Os principais sinais são sangramento vaginal após o ato sexual ou esforço físico, corrimento vaginal – às vezes com odor muito forte -, dor na região pélvica, que pode estar associada com queixas urinárias ou intestinais nos casos mais avançados, e perda de peso sem uma causa aparente.

A orientação para quem apresentar os sintomas é procurar de imediato a unidade de saúde para investigação desses sinais.

O Multicentro Carlos Gomes é custeado pela Prefeitura de Salvador e está sob gestão compartilhada do ISAC – Instituto Saúde e Cidadania.

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