A proposta era fazer do encontro um momento de troca de informação e incentivo ao autocuidado.
A programação começou com bate papo, vídeos explicativos e a participação de colaboradoras do HMA – Hospital Municipal de Araguaína, custeado pela Prefeitura e gerido pelo ISAC – Instituto Saúde e Cidadania.
“A nossa unidade é composta, em sua maioria, por profissionais mulheres, por isso trabalhamos o incentivo ao cuidado. Embora a gente fale sempre do autoexame, a gente precisa conhecer e entender a doença”, destaca Bárbara Santos Barbalho, psicóloga e colaboradora do setor de recursos humanos da unidade.
No meio da ação, a história real de quem vivencia a saúde todos os dias e se viu diante de um desafio pessoal. As participantes conheceram o relato da técnica de Enfermagem da unidade, Maria Elisa Castro da Silva, 59 anos.
Por trás do sorriso diário e da assistência humanizada, existia uma mulher diagnosticada com câncer de mama e que há um ano fazia tratamento contra a doença. E o melhor: venceu! Naquele dia, 27 de outubro de 2022, data do evento no hospital, ela comemorava a cura anunciada dias antes.
“Em primeiro lugar, eu sou uma sobrevivente do câncer, sei que vou fazer exames pelo resto da minha vida, mas eu sou muito grata a Jeová por estar aqui contando para todos vocês e quando eu descobri eu fiz o autoexame”, comemora.
Maria Elisa conta que descobriu o tumor durante a noite, quando sentiu uma dor na mama direita. Ao fazer o autoexame, percebeu o nódulo. Ao procurar o médico, fez os exames necessários até que saiu o diagnóstico.
“Quando a médica me deu resultado da biópsia, ela falou que realmente estava com câncer de mama, a minha filha mais velha que estava comigo se desesperou, chorou. Eu perguntei para a doutora qual era o próximo passo, ela disse que eu tinha que fazer quimioterapia para o nódulo diminuir e fazer a cirurgia e assim foi feito: fiz a quimioterapia, cirurgia e radioterapia. Tem uma semana que o médico oncologista falou para mim: você está curada! Naquele momento, eu pulei e gritei de tanta alegria”, relembra.
A ideia de exemplificar a campanha com a história de alguém próximo partiu da equipe que acompanhava a colaboradora. Maria de Fátima Nobre dos Santos, técnica em segurança do trabalho do HMA, foi uma das incentivadoras. Para ela, em vários momentos vemos relatos distantes que até esquecemos que os casos podem estar mais perto do que se imagina.
“Às vezes, a gente vê uma palestra que diz que isso aconteceu com fulano, vê na televisão, e esquece que pode acontecer conosco ou com alguém muito próximo da gente. Então, trazer a dona Elisa foi mostrar justamente isso, que o câncer de mama está aí, ele pode surgir em qualquer um de nós, todas nós estamos sujeitas a ter essa doença”, pontua.
E a estratégia deu certo. Lucimar dos Santos Nascimento Miranda, coordenadora de prestação de contas, estava no evento e ficou emocionada e tocada com a história.
“Foi muito impactante porque ela trouxe para nós uma superação, ela venceu o câncer. A mensagem dela foi muito forte e nos fez refletir e até nos encorajar a fazer essa avaliação, porque muitas vezes nós temos medo de fazer e descobrir a doença. Então, o exemplo dela, de fato, arrasta”, ressalta.
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