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Em funcionamento desde janeiro, um total de 400 pacientes do HEDA e HNSF já foram beneficiados com a telemedicina com realidade aumentada para diagnósticos, auxiliando tratamentos e reduzindo transferências hospitalares
A telemedicina possibilita a prestação de serviços de saúde quando médico e paciente estão em locais diferentes, o que tem revolucionado os tratamentos em todo o mundo, especialmente no pós-pandemia de coronavírus. E o HEDA – Hospital Estadual Dirceu Arcoverde, sob gestão do ISAC – Instituto Saúde e Cidadania, atento às mudanças, tem investido cada vez mais em inovação.
Desde o dia 15 de janeiro, o hospital implementou o uso de óculos de realidade aumentada para auxiliar no tratamento e acelerar o diagnóstico dos pacientes internados. A iniciativa, pioneira no Brasil e que também é realizada no Anexo II – HNSF – Hospital Nossa Senhora de Fátima, já beneficiou 400 pacientes até meados de julho, reduzindo o tempo de internação e as transferências hospitalares.
“A realidade aumentada trouxe uma revolução significativa na eficiência dos serviços de saúde oferecidos”, avalia o Dr. Carlos Teixeira, diretor técnico do HEDA. “Essa inovação melhorou a qualidade dos tratamentos e, inclusive, reduziu o tempo de internação hospitalar. Isso porque os diagnósticos são feitos mais rapidamente, o que acelera o início do tratamento e, consequentemente, a recuperação. E também tem sido uma ferramenta poderosa para a capacitação dos residentes”, acrescenta.
O médico destaca ainda que a telemedicina é uma grande aliada no acesso aos serviços de saúde para a população. “Em Parnaíba, um paciente pode precisar ser transferido para Teresina por falta de recursos ou médicos especialistas disponíveis no município. Com o uso da tecnologia, superamos essas barreiras geográficas e ampliamos a cobertura no atendimento. Ou seja, o cenário está mudando e é para melhor”, conclui.
Wal França, diretora-geral do HEDA, também expressou sua satisfação com os resultados, ressaltando que “a telemedicina fortalece a resolutividade dos atendimentos, proporcionando consultas médicas mais ágeis e eficientes, onde a tecnologia contribui para reduzir o tempo de espera dos pacientes por um diagnóstico rápido e seguro”.
Como funciona o serviço
Além de otimizar o gerenciamento de consultas e pareceres médicos, a telemedicina se integra ao sistema de saúde por meio de prontuários eletrônicos, facilitando a troca rápida e segura de informações entre as equipes multidisciplinares, o que agiliza o atendimento de urgência e acelera decisões cruciais para o tratamento dos pacientes.
“O uso da realidade aumentada é especialmente relevante para os pacientes que necessitam de cuidados imediatos em especialidades médicas indisponíveis no HEDA, localmente”, pontua o Dr. Carlos Teixeira.
Funciona assim: o médico que está localmente no HEDA ou Anexo II veste os óculos de realidade aumentada e periféricos (fone de ouvido, microfone), e abre uma videoconferência, onde transmite imagens do paciente e informações sobre seu estado de saúde, em tempo real. Enquanto isso, interage com especialistas que podem estar em qualquer parte do Brasil para a realização de diagnósticos colaborativos, também chamados de teleinterconsulta. Hoje, esses especialistas que participam das chamadas estão localizados no Tocantins e em São Paulo.
“Pode-se dizer que a realidade aumentada é uma tecnologia sem fio que possibilita ao especialista ir até o leito do paciente mesmo que esteja fora daquele ambiente hospitalar, e, assim, realizar um diagnóstico preciso e agilizar os exames complementares necessários”, declara Ana Mily, analista de Qualidade e facilitadora de Realidade Aumentada.
Todo este avanço representa um marco importante no compromisso do HEDA e ISAC com a inovação e a melhoria contínua dos serviços de saúde, garantindo um atendimento mais acessível, humanizado, eficiente e seguro aos pacientes. E até o final do ano, os serviços em telemedicina continuarão sendo expandidos, o que inclui consultas diretamente entre especialistas e pacientes.