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Imagem do centro cirúrgico e da equipe médica realizando procedimento na mesa de cirurgia.

HMA realiza centésima cirurgia cardíaca pediátrica

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Serviço atende crianças de todo o Tocantins e já se tornou referência na região

O HMA – Hospital Municipal de Araguaína realizou a centésima cirurgia cardíaca pediátrica neste mês. O procedimento atendeu a pequena Sara Alves dos Santos, de 8 meses, para corrigir uma cardiopatia congênita chamada de CIV – Comunicação Interventricular, uma abertura na parede que divide os ventrículos, permitindo a passagem do sangue de uma câmara para a outra, um fluxo sanguíneo que não deveria existir.

Patrícia Alves dos Santos, mãe da menina, explica que o diagnóstico foi dado assim que Sara nasceu, sendo que os primeiros 38 dias de vida da pequenina foram dentro da incubadora. Por morar em Palmas, a menina foi encaminhada para passar pela cirurgia de correção em outra cidade, no caso, Araguaína.

“Fizeram o encaminhamento e 12 dias depois eu fui chamada. Foi muito rápido. Agradeço a Deus por essa oportunidade. Não é nada fácil conseguir uma cirurgia dessas, ainda mais em um bebê tão pequeno”, comenta.

Dois anos de atendimentos

Anos atrás, qualquer criança araguainense que necessitasse passar por uma cirurgia cardíaca, precisava buscar tratamento em outro Estado. Essa realidade mudou depois de 27 de outubro de 2019, data em que foi realizada a primeira Cirurgia Cardíaca Pediátrica no Hospital Municipal de Araguaína – HMA.

Graças aos esforços do ISAC – Instituto Saúde e Cidadania, do Governo do Estado e da Prefeitura de Araguaína, a cidade tornou-se referência na realização desse tipo de procedimento, beneficiando crianças de todo o Tocantins.

“Uma vez que o serviço vem sendo ofertado no HMA, a maioria dos pacientes são operados aqui mesmo, sem a necessidade de esperar uma transferência para outros Estados. É gratificante ver que essa mudança de realidade permitiu que muitas vidas pudessem ser salvas”, destacou o diretor-geral das unidades ISAC em Araguaína, José Waldemar Cardoso.

Em dois anos foram realizados 101 procedimentos cardíacos pediátricos, uma média de oito por mês.

“Antes de iniciarmos esse serviço no HMA, todas essas crianças eram transferidas para fora do Estado, por meio da Central Nacional de Regulação de Alta Complexidade [CNRAC]. Várias vezes os pacientes morriam aguardando na fila”, destaca Márcio Brito, médico cardiologista pediátrico e coordenador da UTI Pediátrica do HMA.

A unidade é custeada pela Prefeitura Municipal e gerenciada pelo ISAC.

Sonho: ser jogador de futebol

O sonho do araguainense Victor Gabriel Andrade, de 14 anos, é ser jogador de futebol. Para isso ele treina forte desde muito novo, sempre acompanhado pelo pai, o personal trainer Arildo Andrade.

Victor participou de algumas “peneiras”, foi aprovado no final de junho e precisou passar por exames de saúde mais profundos, foi quando detectaram um sopro no coração. Ao consultar o cardiologista, ele foi orientado a procurar o médico cardiologista pediátrico Márcio Brito.

“Meu filho foi operado no dia 28 de julho, foi muito rápido, tenho certeza de que Deus colocou o doutor Márcio na nossa vida. Também vieram mais dois médicos de Goiânia para participar do procedimento. Graças a toda equipe do HMA, o sonho do meu filho de ser jogador de futebol não foi interrompido”, comenta Arildo.

“O cateterismo era só para descobrir qual era o problema”

A pequena Pérola Sofia Carvalho Rocha nasceu com Síndrome de Down, por isso teve acompanhamento de uma equipe multidisciplinar desde cedo. Quando a pressão no pulmão começou a aumentar, precisou ser encaminhada de Palmas para Araguaína e passar por um cateterismo.

“Até então, o cateterismo era só para descobrir a razão da pressão estar aumentando. Fiquei muito preocupada porque ela corria risco de vida, mas ao final do procedimento, o médico disse que foi um sucesso, que era somente o canal arterial dela que era muito grande e consertaram. Minha filha está bem e nem precisou ir para a UTI”, destaca Poliana Rodrigues de Carvalho, mãe da Pérola.

O marido de Poliana e pai da Pérola, João Quitério Rocha Neto, também veio a Araguaína para acompanhar as duas e, prontamente, a assistência social conseguiu vaga em uma casa de apoio.

“Eu e meu marido nos sentimos muito acolhidos. Agradeço a todos os médicos. As meninas da farmácia, enfermeiras, pessoal da recepção, as meninas da cozinha, todo mundo me deu atenção e um carinho que não dá para descrever”, finaliza Poliana.

Uma equipe multidisciplinar completa

“Foi um desafio treinar uma equipe que não tinha essa vivência na cirurgia cardíaca pediátrica, além de todo o pessoal do centro cirúrgico, todo o hospital, de forma que todos entendessem os fluxos e os andamentos do serviço”, enfatiza Márcio Brito.

A equipe especializada é composta por cirurgiões cardíacos pediátricos, perfusionistas, anestesistas, cardiologista clínico, ecocardiografia especializado em cardiopatia congênita, intensivista cardiológico, intensivistas da UTI, equipe assistencial de Enfermagem, fisioterapeuta, nutricionista, psicólogo, farmacêutico clínico, fonoaudiólogo e a equipe de Enfermagem do centro cirúrgico.

A realidade de muitas crianças da cidade de Araguaína e região foi impactada profundamente com a abertura do serviço de cardiologia pediátrica, dando a elas a oportunidade de ter um futuro melhor.

“Conhecemos as carências de serviços de cirurgia cardíaca pediátrica em todo o Brasil, então poder começar esse serviço em uma região que antes era totalmente desassistida, é muito gratificante. Sinto-me honrado em poder levar o que há de melhor e de mais avançado no suporte cardiovascular às crianças da nossa região”, finaliza o cardiologista pediátrico.

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