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Pesquisas apontam que os trabalhadores da saúde estão entre os mais afetados pelos efeitos negativos da pandemia
Durante todo este ano, o ISAC – Instituto Saúde e Cidadania sensibilizará o time para o cuidado com a saúde mental. As ações fazem parte da campanha “Eu cuido de mim. Saúde mental é para todos nós!”, do programa Movimento pela Vida.
Uma dessas ações ocorreu nesta quinta-feira, 27/01. O ISAC convidou Cristiano Mollo, voluntário do Instituto Janeiro Branco, a gerente de Recursos Humanos da Genesis, Ruama Caetano, e as psicólogas Karoline Maia e Isabel Araújo para um bate-papo no YouTube. A jornalista Aretha Fernandes foi a mediadora do debate.
Os convidados abordaram a importância do autocuidado para a saúde mental e como boas práticas institucionais podem contribuir para a qualidade de vida dos trabalhadores, a exemplo dos programas Plantão Psicológico e Sinta-se Bem, realizados nas unidades de saúde gerenciadas pelo ISAC.
Segundo Cristiano, é preciso criar a cultura de saúde mental e derrubar preconceitos, como a ideia de que homem não chora ou de que mulher quando chora é o famoso mimimi, gíria que se refere a alguém que reclama demais; de que psicólogo cuida de gente maluca ou que depressão é frescura.
“A campanha Janeiro Branco vem desmitificar tabus e já está implantada em várias instituições. É importante cuidar da mente sempre, porque tudo começa nela”, explicou o convidado.
A síndrome do cuidador
Já a psicóloga Karoline comentou sobre a importância de acolher a si mesmo e de aprender a lidar com a tristeza, especialmente trabalhadores da saúde.
“É preciso aprender a se acolher, porque quem está na linha de frente se depara com casos bem pesados muitas vezes. E está tudo bem se sentir triste, se chatear. O que acontece é que, muitas vezes, eles [profissionais da saúde] entram na síndrome do cuidador. Assumem a missão de cuidar do outro, mas não permitem que sejam cuidados. E aquele momento de tristeza pode significar muito na nossa vida, porque proporciona reflexões importantes”, comentou a psicóloga.
A importância do autoconhecimento
A gerente de Recursos Humanos Ruama Caetano falou sobre a necessidade de conhecer os próprios limites.
“Um passo importante para cuidar da saúde mental é o autoconhecimento. A gente precisa conhecer os nossos limites, saber o que nos deixa tristes e como o nosso corpo reage ao estresse”, disse.
Ruama também ressaltou sobre a importância de contar com uma rede de apoio no trabalho. “Os nossos colegas são uma rede de apoio. Muitas vezes, precisamos parar e conversar, entender que não estamos sozinhos para encarar os desafios do dia a dia”, complementou.
Para além do trabalho
A psicóloga Isabel Araújo falou da importância de descobrir hobbies e de cuidar do corpo.
“O corpo e a mente estão interligados. Por isso, nas ações do ISAC incentivamos hábitos como alimentação saudável e prática de exercício físico. A nossa intenção não é que os colaboradores fiquem só trabalho-casa. A ideia é incentivar esporte, lazer, algo novo. Às vezes, a gente até descobre quem canta ou dança. E isso ajuda como escape para escoar algo ruim, porque amanhã é um dia melhor”, disse a psicóloga.
Campanha anual
A campanha “Eu cuido de mim. Saúde mental é para todos!” será realizada ao longo de 2022 nas unidades ISAC.
A cada mês do ano, um eixo será abordado: respeito, autoconhecimento, reciprocidade, resiliência, diversidade, diálogo positivo, colaboração, empatia, corresponsabilidade, gratidão, gentileza e boas práticas de convivência.
Como desdobramento da campanha, serão produzidos materiais audiovisuais, e-books, matérias e ações presenciais nas unidades para fortalecer a cultura do cuidado com a saúde mental.
Movimento pela Vida
O Movimento pela Vida é um programa criado pela WeDo, empresa que presta apoio técnico ao ISAC, para disseminar conteúdos e engajar pessoas na prevenção em saúde. São produzidos e disseminados materiais junto à população por meios de comunicação, com o intuito de sensibilizar sobre os cuidados com saúde.