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Musicoterapia ajuda no tratamento de pacientes com covid-19 no HECC 

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Música ajuda a reduzir ao estresse e a ansiedade comuns na internação

É comum usarmos a música para aliviar o estresse do dia a dia. Ela ajuda a acalmar os nossos pensamentos e até nos faz lembrar de momentos especiais. Esses benefícios também são possíveis durante o processo de internação. É por isso que no HECC – Hospital Estadual de Combate à Covid-19, em Palmas, a musicoterapia faz parte do tratamento dos pacientes internados na UTI – Unidade de Terapia Intensiva.

Lá, os sons dos equipamentos dão lugar às canções preferidas dos pacientes. Um deles é Jean Augusto de Paula Favaretto, de 31 anos, que está internado na unidade desde maio. Ele escolheu o rock para ajudar a diminuir a ansiedade e o estresse comuns no período de internação.

Já a dona Marilene Laimer, de 59 anos, pediu que tocassem música gospel. Ela se emocionou ao ouvir o hino “Oração pela família”, do Padre Zezinho, deixando-se ser embalada pelas lembranças do que já viveu.

O Hospital Estadual de Combate à Covid-19 é custeado pelo Governo do Estado e gerenciado pelo ISAC – Instituto Saúde e Cidadania.

Efeito terapêutico

O projeto de musicoterapia na UTI do HECC foi iniciado nesta semana como estratégia terapêutica para aliviar a dor, o estresse, a ansiedade e a distância dos familiares.

Segundo a psicóloga Flávia Saad, a UTI é um ambiente que pode se tornar psicologicamente desconfortável para o paciente, levando-o a um sentimento de isolamento familiar, fragilidade e dependência.

“O objetivo do nosso projeto é explorar os benefícios da musicoterapia para contribuir para o processo de recuperação e cuidado com os pacientes internados na UTI. Portanto, pretendemos proporcionar aos pacientes um tempo diário de relaxamento e tranquilidade para auxiliar no enfrentamento a esse adoecimento”, conta ela.

Assistência humanizada

O projeto de musicoterapia é liderado pelas áreas de Psicologia, Enfermagem e Tecnologia da Informação. Juntos, os profissionais dessas áreas se dividem entre os turnos da manhã e da tarde para ambientar a UTI com músicas que carregam memórias.

Os pacientes acordados escolhem as músicas que querem ouvir. Os que estão intubados também participam: a unidade entra em contato com a família para saber o gosto musical do paciente. A música toca em uma caixinha de som que fica ao lado da cama do paciente, em um volume respeitoso e dentro das normas de padronização da UTI. A cada turno, um paciente participa.

“Os pacientes que estão conscientes se emocionam ao ouvirem as suas músicas prediletas e percebemos que é uma alternativa para distração, controle da ansiedade e alívio da dor durante algum procedimento. Esperamos que a musicoterapia traga esse mesmo conforto para os pacientes sedados e que seja um auxílio na recuperação deles”, afirma a coordenadora de Enfermagem no HECC, Débora Bicalho.

O médico intensivista Juan Fernando Terrones Caceres comenta sobre os efeitos da música no tratamento dos pacientes. Segundo ele, o uso da música como processo terapêutico também é uma maneira de deixá-los em contato com o ambiente externo.

“A maioria deles está sob estresse, em intubação orotraqueal, sedado ou só com analsegia, e a única coisa que eles ouvem são os aparelhos. [A música ajuda a] Manter eles meio conscientes de que existe um mundo diferente para eles, de que existe uma alegria que eles vão sentir, mesmo que eles não estejam conscientes, não entendam de onde vem, mas pelo menos vão se sentir acolhidos e essa é uma maneira de tratar os pacientes”, explica o médico.

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