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Organizações sociais são entidades civis sem fins lucrativos e dispõem de várias ferramentas para garantir uma gestão mais eficaz, ágil e humanizada; saiba mais sobre este modelo
Em se tratando de saúde pública, o tempo, a disponibilidade de pessoal e a administração de recursos costumam ser os fatores determinantes para a vida ou a morte dos pacientes que dependem do Sistema Único de Saúde, o SUS. E nem sempre o poder público apresenta e dispõe das condições ideais para gerenciar, com a qualidade e eficiência necessárias, determinados equipamentos de saúde. Isso acontece porque, em geral, a quantidade de amarras jurídicas, processos burocráticos e regras rígidas acabam por dificultar a atuação da Administração Pública.
Por outro lado, existem as Organizações Sociais de Saúde (OSS), como o Instituto Saúde e Cidadania (ISAC), em atividade desde 2011. Elas surgem como uma solução, uma nova possibilidade de gestão pública em saúde, pois são mais autossuficientes, possuem mais facilidade para firmar parcerias com o setor privado e outras organizações, e, ainda, mais liberdade para implementar novas técnicas e tecnologias nos aparelhos de saúde, assim como a contratação de mais colaboradores para suprir a necessidade e demanda da população, entre outras vantagens.
É como tem sido ao longo dos 13 anos de gestão do ISAC. Ao todo são 35 estabelecimentos gerenciados e espalhados em oito estados, somando mais de 4 milhões de atendimentos, cerca de 6,5 mil cirurgias realizadas, ultrapassando 8,7 milhões de procedimentos e acumulou prêmios e reconhecimentos de entidades nacionais e internacionais, especializadas nas áreas de saúde e gestão.
O principal deles veio em 2022, quando o ISAC se tornou a primeira OSS do Norte e Nordeste – e a segunda da América Latina – a ser acreditada internacionalmente em Rede de Atenção à Saúde com o selo de certificação Acreditado Diamond pela Qmentum International, um programa de excelência aplicado em mais de 30 países.
Naquela ocasião, por exemplo, foram acreditadas com o Nível Diamond, de uma só vez, as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) Benedito Bentes e Trapiche da Barra, em Maceió (AL), Mansões Odisseia, em Águas Lindas de Goiás (GO), e Anatólio Dias Carneiro, em Araguaína (TO), além do Hospital Municipal de Araguaína (HMA) Dr. Eduardo Medrado e Ambulatório Municipal de Especialidades (AME), também em Araguaína, comprovando o que os pacientes já sabem: eficiência na gestão e resolução de conflitos, e qualidade na prestação de serviços.
Certificado de qualidade
Atualmente, o Instituto está presente em 18 unidades de saúde, entre hospitais, prontos atendimentos, ambulatórios, multicentros e espaço saúde, nos estados de Alagoas, Bahia, Piauí e Tocantins. E sempre que possível, quando se assume uma nova gestão, parte dos esforços é justamente para conseguir o reconhecimento dessas unidades, a exemplo do que está acontecendo com o Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA), em Parnaíba (PI).
Em outubro deste ano, o hospital recebeu a equipe de avaliadores do Instituto Qualisa de Gestão (IQG) para uma visita de diagnóstico. Esta etapa é essencial na busca pela primeira certificação Nível 1 – Acreditado da Organização Nacional de Acreditação (ONA), que o HEDA pretende conquistar, se possível, ainda em 2024.
E assim que conseguir, estará ao lado de outras três unidades geridas pelo ISAC e que já conquistaram a acreditação da ONA, são elas: UPA Benedito Bentes (Nível 2 – Acreditado Pleno), UPA Trapiche da Barra (Nível 2 – Acreditado Pleno) e Hospital da Cidade de Maceió (Nível 3 – Acreditado com Excelência).
Esses esforços, inclusive, acontecem logo após a obtenção do selo GPTW (Great Place To Work), em setembro, que coloca o HEDA, juntamente com as UPAs Benedito Bentes, Trapiche da Barra, Santa Lúcia – inaugurada em março, sob gestão do ISAC desde então – e o Hospital da Cidade, na lista dos melhores lugares para trabalhar no Brasil, de acordo com os próprios colaboradores, comprovando que o Jeito ISAC de ser, cuidar e trabalhar funciona e gera resultados.
100% gratuito
Todos esses números e reconhecimentos do ISAC, assim como os de outras OSS, ajudam a explicar como este novo modelo vem transformando o SUS. Afinal, quando uma gestão é bem feita, possibilita o desafogamento do sistema, em especial nas unidades hospitalares, gerando menos filas de espera e mais rapidez no atendimento, e melhorando também o foco à saúde na atenção primária, saúde preventiva, acompanhamento direto com as famílias, e assim por diante, salvando milhares de vidas.
Contudo, é importante ressaltar que as OSS trabalham em total parceria com a Administração Pública, que continua sendo a responsável pelas instituições de saúde, o que significa que todas continuam 100% gratuitas. Ou seja, é um modelo onde todos ganham.
O que realmente muda é que o poder público passa a se concentrar mais no planejamento, regulação, fiscalização, audição e avaliação dos aparelhos de saúde, enquanto as entidades focam no abastecimento, manutenção e fornecimento de mão de obra para garantir a execução dos serviços e cumprir com as metas estabelecidas.