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Quatro das cinco UPAs gerenciadas pelo ISAC no País participam do projeto do Ministério da Saúde em parceria com o Hospital Sírio Libanês
No próximo dia 19, a UPA – Unidade de Pronto Atendimento Anatólio Dias Carneiro, em Araguaína, no Tocantins, receberá representantes do Hospital Sírio Libanês para uma visita técnica. A programação integra a agenda do Projeto Sepse nas UPAs, do qual quatro das cinco UPAs gerenciadas pelo ISAC – Instituto Saúde e Cidadania fazem parte.
Em abril, a visita ocorreu em três dessas unidades: nas UPAs Trapiche da Barra e Benedito Bentes, em Alagoas, e na UPA Santa Paula, no Paraná. Durante a visita foram apresentadas as melhorias implementadas a partir do projeto e avaliados seus impactos no desfecho clínico dos pacientes atendidos nessas unidades.
De acordo com Nara Resende Azevedo, supervisora nacional do SCIRAS – Serviço de Controle de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde no ISAC, o projeto tem sido uma experiência enriquecedora, especialmente pelo intercâmbio com as equipes de outras unidades de saúde, do Sírio Libanês e do Ministério da Saúde.
“A participação no projeto gerou uma nova discussão sobre os protocolos de sepse em todas as unidades ISAC. A partir das melhorias implementadas pelo projeto, o protocolo foi padronizado com a mesma metodologia para todas as unidades, possibilitando um ambiente cada vez mais seguro para o paciente com sepse. No caso das visitas técnicas que estão ocorrendo, para nós, elas são extremamente importantes, porque é uma oportunidade de avaliarmos os avanços alcançados até aqui e os pontos de melhoria”, complementa Nara.
Como funciona o projeto?
O Projeto Sepse nas UPAs é realizado pelo Ministério da Saúde em parceria com o Hospital Sírio Libanês. Contando com o apoio das Secretarias Municipais e Estaduais de Saúde, o projeto tem o objetivo de capacitar profissionais da saúde para a identificação precoce de pacientes com sepse atendidos em unidades de urgência e emergência do SUS – Sistema Único de Saúde.
As orientações são feitas de maneira presencial e à distância, com a participação de, pelo menos, quatro profissionais por unidade que atuarão, posteriormente, como disseminadores dessas informações na UPA onde atuam.
A metodologia utilizada se baseia no modelo de melhoria contínua do IHI – Institute for Healthcare Improvement (IHI), uma das maiores organizações de saúde do mundo.
Atualmente, 49 UPAs participam do ciclo 1 do projeto, que será encerrado em outubro deste ano. Outras 42 integrarão o ciclo 2, previsto para começar em junho.
A escolha das unidades pelo Ministério da Saúde é baseada em critérios como: porte 2 ou 3 – entre as opções V a VIII; classificação de risco 24h realizada pelo profissional enfermeiro; estar em dia com a prestação de conta junto ao Ministério e disponibilidade de antibióticos descritos na Portaria número 2048, de 5 de novembro de 2002.
O que é sepse?
Mais conhecida como infecção no sangue ou infecção generalizada, a sepse é a principal causa de morte em UTIs – Unidades de Terapia Intensiva, segundo o ILAS – Instituto Latino Americano de Sepse. Ela é o mau funcionamento dos órgãos, com risco de morte, provocado pela ação de micro-organismos no corpo, como bactérias e vírus.
A identificação precoce dos sinais e sintomas da sepse é determinante para o desfecho favorável para o paciente.